terça-feira, 24 de maio de 2011

Visita da Ministra da Cultura, Ana e Hollanda, ao Centro Cultural Arte em Construção​, sede do grupo teatral Pombas Urbanas, no bairro Cidade Tiradent

A ministra recebeu do grupo Pombas Urbanas o documentário “El Quijote” que narra a experiência de uma criação coletiva de “El Quijote”dirigida por Cesar Badillo, do grupo La Candelaria envolveu cerca de cem pessoas, entre técnicos e atores dos coletivos La Comedia de Campana (Argentina); Teatro Trono/Compa (Bolívia); Pombas Urbanas e Entrou por uma Porta, RJ (Brasil); Colectivo Teatral Antu (Chile); Teatro la Candelaria, Teatro Tespys Corporación Cultural, DC - Arte Corporación e Corporación Cultural Nuestra Gente (Colômbia); Teatro Andante, Quinto Teatro e Teatro de los Elementos (Cuba); Tiempos Nuevos Teatro (El Salvador) e Caja Lúdica (Guatemala); Compañía Teatral Carlos Ancira (México); e Vichama Teatro (Peru). Recebeu também documentos da criação da Rede Latinoamericana de Teatro em Comunidade, que integra dezenas de experiências e redes de 10 países latinoamericanos que estão transformando sua realidade social com o teatro e a cultura. Juntamente com este material, lhe foi entregue uma carta do movimento para implantação do Programa Pontos de Cultura em toda América Latina – proposta que vem sendo discutida por diversas redes e organizações culturais latinoamericanas em encontros e que em outubro de 2010, foi potencializada com a realização do Plataforma Puente, na cidade de Medellin, Colômbia.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Encuentro de Redes de Latinoamérica de 13 a 16 de Outubro de 2010 Medellin - Colombia



100 Organizações Convidadas.
Enteder a cultura como processo pressupõe entrelaçar as diversas dimenções da vida. O conceito ampliado da cultura, como produção simbólica, cidadania e economia. O programa Pontos de Cultura partem desse mesmo conceito, mas com o desenvolvimento do programa foi necessário ir além.
A dimenção da arte não pode ficar restrita ao campo do simbólico. Para além da produção de simbolos, a arte envolve habilidades, todas as habilidades humanas e a apreensão dos significado por meio dos sentidos, por meio de uma percepção sensorial. O Ponto de Cultura evolve uma quebra nas narrativas tradicinais, monopolizadas por poucos, e a partilha do sensivel é estratégica para esse deslocamento narrativo, em que os "invisiveis" passam a ser vistos e a ter voz. Não se trata aqui da defesa do "belo universal" ou da "arte gratuita" , mas da própria realização da estética. A arte reflete aspirações e contradições dos seu contexto histórico e é, ao mesmo tempo, produto e vetor das tranformações social. Para além da preocupação exclusica com a beleza, busca - se tudo aquilo que permite a afirmação cultural da subjetividade das pessoas, grupos e classes sociais. E essa busca deve ser feita com encantamento, beleza e qualidade, pois sem esses atributos não se rompem barreiras e os esteriótipos permanecem. ( Célio Turino)







terça-feira, 1 de junho de 2010

Pombas Urbanas e Núcleo Teatral Filhos da Dita exibem documentário "El Quijote" durante Semana Cidades Catraca Livre, no Itaú Cultural


Dia 2 de Junho
A exibição integrada as ações do Pontão Pombas Urbanas de Teatro em Comunidade, que objetiva mapear as experiências de teatro em comunidade existente no Brasil. Dentre outras articulações que vivsam a difusão do Pontão, de 17 a 25 de julho, o Pombas Urbanas e o Núcleo Teatral Filhos da Dita participam do "VII Encontro Mundial da IDEA - Viva a Diversidade Viva! Abraçando as Arte de Transformação", em Belém; e em novembro participam do XV Encuentro Nacional Comunitário de Teatro Joven, em Medellin, na Colômbia.

Semana Cidades Catraca Livre - Cultural e Educação
Dia 02/06 - Quarta - feira, às 20h - Itaú Cultural
El Quijote (VIATV, 2010, 31 min)
Direção: Daniel Brazil)
Classificação: Livre
Entrada Franca


Centro Cultural Arte em Construção (Instituto Pombas Urbanas)
Avenida dos Metalúrgicos, 2100 - Bairro Cidade Tiradentes - zona leste/SP
Telefone: 11 2285 - 7758

quarta-feira, 17 de março de 2010

Dia 14 de Março, um dia de muita emoção e alegria


Apresentação do Filme "El Quijote"


Todos retirando seus ingresso para assistir ao filme

Figurinos do Espetáculo " El Quijote".
Cena dos Hermanos dos Grupo los Elementos e Qunito Teatro de CUBA

Roda de muita Alegria, todos do Centro Cultura Arte em Construção
para fazer saudações a todos que estavam assintindo pela INTERNET.

Equipe da Via Tv, esse pessoal que colocou tudo lá na INTERNET.


Com nossa trilha sonora, MERCEDITAS!




RED LATINOAMERICANA DE TEATRO EN COMUNIDAD
PRESENTE!!!



O TEATRO É NOSSA PÁTRIA

Hoje estamos reunidos para celebrar o fortalecimento da REDE LATINOAMERICANA DE TEATRO EM COMUNIDADE.

O FILME QUE VEREMOS, CHAMADO EL QUIJOTE, registra o processo artístico para a montagem do espetáculo EL QUIJOTE LATINOAMERICANO que aconteceu no Centro Cultural Arte em Construção em setembro de 2009 e marcou a criação da REDE LATINOAMERICANA DE TEATRO EM COMUNIDADE, QUE conecta experiências teatrais que transformam realidades de centenas de periferias da América Latina.

COM ESTE PROCESSO ARTÍSTICO, TIVEMOS A HONRA DE RECEBER AQUI, NESTE TEATRO, JUNTO A COMUNIDADE DO BAIRRO CIDADE TIRADENTES, HOMENS E MULHERES, TEATREIROS DA AMERICA LATINA, QUE CARREGAM A RESPONSABILIDADE E O PRAZER DE PROMOVER COM SUA PRÁTICA TEATRAL, A LIBERTAÇÃO, A REFLEXÃO, O DIÁLOGO E A EXPRESSÃO DE SUAS COMUNIDADES.

São eles:

ARGENTINA – CATALINAS SUR E LA COMEDIA DE CAMPANA

BOLIVIA – TEATRO TRONO / COMPA

BRASIL – ENTROU POR UMA PORTA E POMBAS URBANAS

CHILE – COLECTIVO TEATRAL ANTU

COLÔMBIA – CORPORACIÓN CULTURAL NUESTRA GENTE/ DC – ARTE / TEATRO TESPYS CORPORACIÓN CULTURAL

CUBA – QUINTO TEATRO / TEATRO ANDANTE / TEATRO LOS ELEMENTOS

EL SALVADOR – TNT – TIEMPOS NUEVOS TEATRO

GUATEMALA – CAJA LÚDICA

MÉXICO – COMPANHIA TEATRAL CARLOS ANCIRA

PERU – VICHAMA TEATRO

A empreitada teve ainda o apoio e parceria do grupo La Candelária, da Colômbia, com o texto da obra amorosamente cedido por seu autor, Santiago Garcia - mestre do teatro latinoamericano e direção de Cesar Badillo, também do grupo La Candelária.

Vivemos num tempo de diminuição do ser humano, tempo de guerras, tempo de grandes incertezas, onde se dissemina um sentimento de impotência e acomodação frente a esta realidade que nos quer oprimir. VIVENDO COM NOSSOS CORAÇÕES E RAZÃO NESTE TEMPO, nós, atores do teatro em comunidade, buscamos criar novos espaços transformadores de vida, respeito, alegria e crescimento humano.


AGORA ESTAMOS AQUI, NOVAMENTE REUNIDOS, PARA CELEBRAR E RECORDAR MOVIMENTOS SONORIDADES, SORRISOS E REFLEXÕES VIVIDAS DURANTE AQUELA PRIMAVERA DE 2009 ONDE AS PAREDES DESTE GALPAO REVERBERARAM COM MÚSICAS, CUMPLICIDADE E... TEATRO!


HOJE, DO BAIRRO CIDADE TIRADENTES PARA TODA AMERICA LATINA, LANÇAMOS ESTE FILME FALADO TANTO EM ESPANHOL QUANTO EM PORTUGUES, ROMPENDO FRONTEIRAS E APOSTANDO A COMPREENSÃO MÚTUA PELAS IMAGENS, SENTIMENTOS, OLHARES E MÚSICAS.

VAMOS JUNTOS mostrar que é possível sim, acreditarmos na ARTE e no SER HUMANO como ferramentas potentes para a construção do mundo em que queremos viver!


Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Cuba, El Salvador, Guatemala, Ecuador y México

BOM ESPETÁCULO A TODOS

POMBAS URBANAS





terça-feira, 9 de março de 2010

Red Latinoamericana Apresenta: El Quijote O Filme


El documental El Quijote pasa 14 de marzo en la sede del grupo de Pombas urbanas El registro de imágenes de esceñas y entrevistas con directores y actores que participaron en el entorno multicultural de la exposición El Quijote fue documentado por equipo de la ViaTv Comunicación y Cultura y se proyectará en domingo, 14 de marzo a las 17h en Centro Cultural Arte em Construção, sede del grupo Pombas Urbanas y también el sitio web www.pombasurbanas.org.br y www.viatv.com.br.Una creación colectiva que participaron cerca de cien personas, entre técnicos y actores de la colectiva La Comedia de la Campana (Argentina), Teatro Trono / Compa Bolivia, Pombas Urbanas y Entrou por uma Porta RJ (Brasil), Colectivo Teatro Antu (Chile), Teatro La Candelaria, Tespys Corporación Cultural Teatro, DC - Corporación de Arte y la Corporación Cultural Nuestra Gente (Colombia); Andante Teatro, Quinta y Casa Teatro de los Elementos (Cuba), Tiempos Nuevos Teatro (El Salvador) y Caja Lúdica (Guatemala), Compañía Teatro Carlos Ancira (México), y Vichama Teatro (Perú). En menos de un mes (septiembre / octubre de 2009), idiomas, colores y culturas se entremezclan para contar la historia del Caballero de la Triste Figura, bajo la dirección de lo Colombiano César Pérez Badillo, el actor que interpretó a diez años en Don Quijote en el Teatro La Candelaria, de lo qual hace parte a 30 años. "El Quijote" fue el punto de partida de la diversidad cultural se dio cuenta de que el lanzamiento del drama de la América Latina en la Comunidad durante el II Congreso Iberoamericano de Cultura, un evento que trajo conferencias, debates y encuentros para intercambiar experiencias acerca de la transformación "cultural y social" , apoyado por el Ministerio de la Cultura de Brasil (MinC) y Colombia, el Servicio Social de Comercio (SESC-SP) y las Pombas Urbanas, que produjo esta aventura escénica y utópico. Los encuentros con representantes de grupos de teatro dispuesto a consolidar la red llevó a cabo desde 2004. La iniciativa viene de Quinto de Teatro de Cuba, fundada por artistas relacionados con el director y dramaturgo Jaime Rolando Hernández, La Habana, en julio de 2005, la Corporación Cultural Nuestra Gente, de Medellín, que desde 1987 concilia la creación y proyectos culturales y el diálogo con el público y privado para la formación de artistas, y las Pombas Urbanas, colectivo formado en 1989 por el director peruano Lino Rojas (1942-2005), al embarcarse en un proyecto de formación para jóvenes actores de la pereferia de la Zona Leste.

Horários nos Paises
Buenos Aires 5:00 p.m(17 hs)
Santiago 4:00 p.m.(16 hs)
Bolivia 4:00 p.m.(16hs)
Peru 3:00 p.m.(15 hs)
Guatemala 2:00 p.m. (14hs)
Colômbia 3:00 p.m (15hs)
El Savador 2:00 p.m.(14 hs)
Mexico DF 2:00 p.m.(14 hs)
Cuba 3:00 p.m.(15 hs)
Barcelona 9:00 p.m.(21 hs)


FICHA TÉCNICA
Direção Daniel Brasil
Produção Executiva e Produção Renato Sakata
Direção de Fotografia Cesar Zanetti
Assistentes Bruno carretero Edmilson do Nacimento
Edição Gabriela Trama Renata Palheiros
Vinhetas Gabriela Trama
Locução Daniel Alves
Tradução Nicolás Monasterio

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Un gran encuentro - Por Tito Murcia

Por Tito Murcia - TNT - El Salvador
Los patrocinadores, el equipo de producción, los promotores, los directores, gestores culturales, los técnicos, motoristas, cocineras, anfitriones, compañías latinoamericanas de teatro, medios de comunicación, los administradores… Los personajes que crearon la escena nos unimos, durante veintiún días, del 15 de septiembre al 20 de octubre de 2009, en Sao Pulo, Brasil, para conjugar nuestras habilidades y saberes en una puesta en escena de talla internacional: con el objetivo de dar vida al “Quijote Latinoamericano”. Esta puesta en escena, abrió las puertas al gran encuentro, al espacio de provocación tan ancestral y contemporáneo momento de vida: la vivencia de la representación escénica que hermanó esfuerzos, unificó talentos y permitió extender y conjugar la experiencia cultural latinoamericana. Como todos lo deseábamos, las diferentes compañías de teatro comunitario participantes, nos apropiamos de la iniciativa, produciendo uno de los fenómenos más grandiosos que nos hereda esta experiencia: el compromiso con el teatro comunitario, la responsabilidad de trabajo en colectivo. En efecto, quedó claro para los participantes que ninguna posibilidad de desarrollo para el arte será posible sin el compromiso, la madurez y el trabajo solidario de todos los países latinoamericanos y que solo juntos mirando al sur podremos ver crecer y germinar esa semilla sembrada en el encuentro. El éxito conseguido por “El Quijote Latinoamericano” nos brinda la íntima satisfacción de haber roto con una tradición, la de las expectativas, para inaugurar otra: la del múltiple conocimiento sensible. Cuando verificamos que las compañías teatrales que fuimos parte de este encuentro, vivenciando, proponiendo —tal vez como nunca antes— el hechizo del encuentro cultural latinoamericano, no podemos menos que garantizar nuestra disposición a darle continuidad a este impresionante esfuerzo artístico. Cada rostro sonriente, cada actor realizado en escena, cada ensayo, cada derroche de energía, cada presentación, el eco de los tambores por las noches y la unificación perfecta de la música de todos los países… Conjugamos nuestros saberes, habilidades y talentos en una única y trascendental experiencia: la gestación de espacios de expresión en donde los sueños y creencias se tamizan entre símbolos y lenguajes artísticos, para dar respuestas a las más profundas consideraciones de la vida humana… un gran encuentro… una gran producción… un gran sueño. Agradecimientos infinitos a Teatro La Candelaria, y su director Santiago García por confiar el texto del Quijote a este montón de locos y locas, y al inolvidable maestro, Cesar Badillo por dejarse invadir de tanto talento latinoamericano y hacer que cada propuesta artística de los países participantes reluciera en esta puesta colorida y única en su especie. A Pombas Urbanas, Corporación Nuestra Gente, Quinto Teatro y todos los cogestores de esta experiencia por su imperecedero compromiso con el arte, y gracias a todos los esfuerzos el encuentro sobrepasó los límites de la mera producción, para convertirse en un verdadero espacio de expansión artística y humana, es decir, de intercambio profesional, social y emocional.


MIL GRACIAS A TODOS Y TODAS TITO MURCIA

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

El Quijote - Le Monde Diplomatique - Edición Colômbia


Por: César Badillo Pérez

Existe un movimiento popular de teatro que en general ha estado invisibilizado para la cultura oficial de nuestros países e incluso, también, para algunos círculos “normales y progresistas” de la gente del arte y el teatro y de algunos festivales. Las presentaciones de las obras de ese teatro y las labores culturales dentro de sus comunidades no son registradas por la gran prensa y en general por ninguno de los medios.Este Teatro Comunitario, como se llama a sí mismo, inventa sus actos artísticos, con, en, por y para la gente de sus lugares. En general, el que asiste es público que usualmente no va a las salas convencionales de teatro y vive en comunidades de alto riesgo en Latinoamérica, como, por ejemplo: las comunas de Medellín; Los barrios de Bosa, en Bogotá; La Ciudad de Tiradentes, de Sao Paulo; La Villa del Salvador, Vichama, en Lima (Perú); Los Altos de la Paz, en La Paz (Bolivia), por nombrar sólo algunos.
Sin embargo, esta cultura teatral popular vivió una de las aventuras más extrañas y especiales que se puedan imaginar. Un acontecimiento estético, único en su formato y sin precedentes conocidos. Algunos directores de estos grupos, como Rolando Hernández, (Cuba); Jorge Blandón, de Corporación Cultural Nuestra Gente, de Medellín (Colombia); y Marcelo Palmares, de Pombas Urbanas (Brasil), se plantearon un imposible hace dos años, en 2007: montar entre 10 países, Un Quijote Latinoamericano, Q.L. Esta utopía se realizó. Durante 21 días, gracias al auspicio del gobierno brasileño, se encontraron 15 grupos de teatro de 10 países para montar El Quijote L., bajo mi dirección general, y basado en el texto del maestro colombiano Santiago García (1), quien a la vez se basó en la novela de Cervantes. Esta peripecia artística fue creada en octubre de 2009 y presentada en Ciudad de Tiradentes y dentro del II Congreso de Cultura Iberoamericano “Cultura y Trasformación Social”, en Sao Paulo, donde se fundó la Red Latinoamericana de Teatro en Comunidad.El Q.L. fue una puesta en escena sin precedentes conocidos, un hecho estético, político y social, con la participación de 120 personas, donde se acentuó la exploración de las culturas de cada país y donde el proceso de experimentación puso en evidencia las potencias y debilidades del teatro de cada región.
Para encarar el montaje de las escenas (2), se plantearon cuatro aspectos formales y de contenido, que trabajamos en el Teatro la Candelaria cuando hicimos el montaje original. Estos fueron: 1.- El habla, como forma expresiva oral, propia del lenguaje vivo de cada país. 2.- La condición híbrida de las culturas, tan mezclada en la novela como en las nuestras. 3.- El antagonismo entre el idealismo y el pragmatismo que tienen los personajes, indagándolo sin esquematismos y revelando –como sucede en la realidad– sus complicadísimas interrelaciones. Y 4,- Plantear un héroe, un héroe antihéroe, porque las luchas del Quijote son ridículas, son aventuras que carecen de base real, y son lo que construye la metáfora de la búsqueda de ideales por los cuales vivir. Hay que recordar, y esto lo acentuamos en el montaje del Teatro La Candelaria, que la locura del Quijote y Sancho no es literal; no es de carácter psicótico sino de carácter filosófico. Es una locura fingida, que pudiéramos llamar “fingilosófica”. Esto marca una gran diferencia en el concepto de toda la obra y ayuda a romper el estereotipo de estos personajes: Q igual al loco espiritual, y S el terrenal que sólo piensa en comer. De otro modo, la lectura sería invariable y cerrada, dando a creer que Q y S son personajes inamovibles, con unas verdades absorbentes y tiranas, y desvirtuando la ambigüedad poética que debe tener el arte.
Esta experiencia de hibridación de identidades estuvo precedida de un intenso laboratorio cuyo desafío más grande fue el tejido de esos materiales-escenas, esos fragmentos de mundos latinoamericanos, tan diversos y auténticos, y poder articularlos en una totalidad no autoritaria. En ese todo, cada país, de cierta manera, iba a ‘perder’ y ‘mantener’ su connotación de identidad en aras de esa unidad. Luego, la forma de ensamblar (juntar, unir piezas, acoplar, enlazar, machihembrar, según el diccionario) esos segmentos no podía ser mecánica. Por ejemplo, no podíamos tomar cada escena y pegarlas como quien une con pegante unas hojas sueltas, y tampoco podíamos ‘forzar’ el material para que pareciera un montaje de show internacional, al mejor estilo del capitalismo transnacional y financiero, “donde todos los puntos se parecen, donde todo se homogeneiza y donde se da la disolución de las fronteras culturales que significan el fin de la identidad”. Como lo expresara la pensadora brasileña Suely Rolnik (3). No. Teníamos que mantener el color diverso de cada nación para que el evento se convirtiera en un acto estético y político en el más profundo sentido de la palabra: una mirada humana fundamental de los pensamientos e imaginarios de cada país. Una mirada de una realidad social poderosa: la de los universos de origen.Por tanto, la identidad no podía ser rígida e intocable; tenía que flexibilizarse. El elemento individual habría de romperse porque debíamos hallarle un sentido a la nueva obra colectiva. Si se hubiesen impuesto unos inamovibles principios de identidad, tal vez el proyecto se hubiera ido a pique. Tuvimos que romper el mapa de diferencias para seguir siendo distintos, porque esa obra estaba siendo constituida con partículas del ‘otro’. Del otro brasileño, del cubano, mexicano, chileno, argentino, peruano, salvadoreño, boliviano, guatemalteco, y del otro, colombiano.
Como director general, entendí en la práctica que los asuntos del azar y la escucha ayudan a despertar la intuición. Y ésta la hallé en la combinación de las tensiones, las emociones, los estados de ánimo; los caracteres de los personajes, de la situación de la obra; y las mixturas de las fuerzas que trajeron las actrices y los actores. Teniendo en cuenta todo esto, desenterramos esta especie de técnica inductiva, es decir, del tanteo, del palpamiento, para llegar a una selección de imágenes, canciones, danzas, palabras, gestos, y decantar así los elementos de la puesta en escena. El rigor ético se evidenció en el respeto con que auscultábamos las diferentes ideas de las escenas. Por todas estas características, este montaje se convirtió en un hecho inventivo donde el encuentro y el proceso fueron lo más importante, lo mismo que la confrontación con los espectadores.
Para mí y para muchos otros, por momentos, este fue un proceso doloroso porque tuvimos que desprendernos de muchos presaberes del arte y el teatro, de prejuicios frente al teatro comunitario y lo popular, y aceptar los vacíos en la formación de cada cual. Como director, quise que los actores respondieran a las escenas con la intensidad de unos cuerpos vibrantes, con tensiones y emociones derivadas de las circunstancias y estados de ánimo de los personajes. Y que todo fluyera, no como un teatro técnicamente correcto, donde a veces el virtuosismo se vuelve despótico, sino como un teatro tosco y vivo, entendiendo por tosquedad un concepto estético en que se dispare la vida (4). Así, como lo expresara Jorge Reales, uno de los directores de la música de la obra, “también se canta con el corazón, no con el metrónomo”. Asimismo, digo, no se actúa en el teatro sólo con las técnicas y el glamour de los llamados actores profesionales sino también con las tripas.
Del mismo modo, este hecho vivido nos dejó varios interrogantes que seguirán latiendo en nuestros cuerpos. Estos son algunos: ¿Cómo juega en esta época el arte? ¿Cuál es el espíritu político de esta idea? ¿Sirve el teatro de corte social para cambiar el mundo o sirve para mantener el statu quo de formas burguesas y autoritarias? ¿Contribuye este Quijote L. a cambiar la sociedad? ¿Qué subjetividades estamos planteándole al espectador? ¿Para qué?Este Q.L. es una composición de polifonía latinoamericana en la cual todas las personas aportamos una capacidad de lucha, de creación e inteligencia colectiva para poder concretar este raro y sui generis invento. Y digo es porque está vivo y está invitado al próximo Festival Iberoamericano de Teatro de Bogotá 2010 y al 7° Congreso Mundial de la Asociación Internacional de Teatro y Drama y Educación (IDEA), en Belem do Pará.
Agradecimientos infinitos a quienes estuvieron allí, a Pombas Urbanas, y Nuestra Gente, todos los honores, porque con la gestión que les hicieron al gobierno del Brasil y su Ministerio de Cultura generaron esta inversión para el arte. Además, se creó la Red Latinoamericana de Teatro en Comunidad, como un espacio de intercambio de saberes y de la circulación de obras que se pueden dar desde ella. Agradecimientos infinitos a los muchos que no pudieron asistir, pero que allí los sentimos todo el tiempo, como a Santiago García, y también a las ellas y ellos del Teatro la Candelaria, y, por supuesto a otras ellas y ellos que de seguro y sin ningún aspaviento nos acompañaron.
http://eldiplo.info/mostrar_articulo.php?id=1025&numero=85