quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Pontos de Cultura participam do II Congresso de Cultura Ibero-Americana


Fotos: Gil Grossi
Intervenção dos artistas da Red Latinoamericana de Teatro en Comunidad no bairro Barro Branco, em Cidade Tiradentes, que futuramente abrigará centro cultural de iniciativa entre governos brasileiro e francês

Por Danilo Almeida

Como legítimos protagonistas e exemplos de Cultura e Transformação Social, tema da II Conferência de Cultura Ibero-Americana, diversos Pontos de Cultura estão participando deste evento, juntamente com os representantes de 22 países membros da Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB), órgão promotor do evento, em parceria com o Ministério da Cultura (MinC) e o SESC-SP.

“A maioria dos países da América do Sul não têm políticas estruturadas para o setor cultural como leis e programas. Nesse aspecto, o programa Cultura Viva implantado pelo Ministério da Cultura do Brasil é um bom exemplo a ser mostrado e discutido”, afirma Afonso Oliveira, do Ponto de Cultura Maracatu Estrela de Ouro, de Pernambuco. Ele conta que o Ponto desenvolve atividades com os mestres da cultura popular para tirá-los do trabalho nos canaviais, além de também promover atividades com os filhos destes como uma estratégia de transformação social: “Trabalhamos para que os Mestres da Cultura Popular não se submetam ao trabalho semi-escravo da cana-de-açúcar. Neste sentido, conseguimos isto com o projeto Usina Cultural Estrela de Ouro, além do trabalho com os filhos dos canavieiros no projeto Ponto de Leitura”.

A representante do Pontão de Cultura Convivência e Paz, Veridiana Negrini ressaltou sua expectativa com relação ao encontro: “Espero que seja um espaço para a formação e o fortalecimento de políticas públicas culturais, com toda a sua capacidade de promover o desenvolvimento econômico e social”. Ela complementou o assunto ao ressaltar que este encontro está sendo “um espaço realmente de muita troca e compartilhamento de saberes, já que se pretendem ressaltar as potencialidades da cultura ibero-americana”.

Veridiana vai ao encontro do que Afonso Oliveira ressaltou sobre a dimensão do programa Cultura Viva e a oportunidade de divulgá-lo e espalhá-lo por outros países da América Latina. “Eventos como este nos permitem divulgar e esclarecer o que nos cabe, em relação a este programa”, afirma.

Transformação Social

Célia Pinheiro, do Programa de Integração pela Música (PIM), diz que o encontro “é simplesmente maravilhoso e significa uma importante troca de experiências, para o fortalecimento da rede”. Ela lembra que do programa, existente desde o ano 2000 e que atendeu a mais de 3000 jovens, saíram cantores de coral, monitores de violino e clarineta, por exemplo.

“Dos jovens atendidos alguns se tornaram profissionais, estão concluindo faculdade de música e outros ingressaram em áreas diferentes, porém ainda utilizando a música como principal ferramenta de transformação de suas realidades”, conta.



Ator do grupo Entrou Por Uma Porta (RJ) interage com o público do bairro

A organização Atitude Jovem, que desenvolve suas atividades na cidade satélite Ceilândia, no Distrito Federal, enviou uma representante para São Paulo. Flávia Nascimento destaca o papel da cultura e dos Pontos na transformação social. “O nosso Ponto de Cultura se faz por um posicionamento político do fazer participativo, do construir políticas publicas e buscar mudanças para uma vida melhor. Não existem peças de teatro, músicas e grafites que não carreguem um conteúdo político da transformação social que queremos”, disse.

Ela conta o que espera como resultado do trabalho desenvolvido pelo Ponto de Cultura: “Temos feito reuniões com público local, formamos o Fórum de Cultura Urbana e acreditamos que estamos construindo um caminho sem volta da participação da comunidade e da transformação social.

Expectativa de quem já trabalha em outros países

O Centro de Teatro do Oprimido (CTO), presente em mais de 50 países, também enviou um representante ao congresso. “Para o Centro de Teatro do Oprimido, estar presente neste evento fortalecerá o vínculo e a troca com estes países, além de potencializar as pontes que o Teatro do Oprimido e outras linguagens artísticas possuem, buscando uma real transformação através das ações culturais concretas”, declara o sociólogo Geraldo Britto.

O CTO já desenvolve atividades, inclusive, em países africanos e Geraldo lembra a importância do encontro para a consolidação das políticas culturais no país. ”O Brasil começa a voltar sua face para a América Latina e África. Quanto mais nos conhecermos mais nos fortaleceremos”, conclui Geraldo.



Atriz peruana participa de intervenção nas ruas do Barro Branco


El Quijote, by Ponto de Cultura Pombas Urbanas

Escrita pelo espanhol Miguel de Cervantes em 1605, a obra Dom Quixote conta a história de um fidalgo que depois de ler histórias de cavalaria medieval resolve fugir de casa em busca de aventuras. Para isso, ele usa uma armadura enferrujada, pega um cavalo e segue em busca de aventuras. Essa obra terá uma adaptação encenada por membros do Ponto de Cultura Pombas Urbanas durante o congresso em São Paulo, às 20h do dia 2 de outubro.

O local será o próprio SESC Pompéia, porém esta apresentação é apenas para os participantes. Mas o grupo fará outra no dia seguinte, aberta ao público, no Centro Cultural Arte em Construção, bairro de Tiradentes, zona leste de São Paulo, às 19h.

A adaptação que já tem dez anos faz um diálogo com a cultura espanhola dos séculos XIV e XV. Do colombiano Santiago Garcia, recebe o nome de El Quijote e será encenada pelos grupos da “Red Latinoamericana de Teatro en Comunidad” que reúne representantes de 10 países em sua montagem. Na verdade, a estréia da peça no Brasil marca o lançamento da organização que se articula desde 2005.

Curiosamente, a primeira vez em que Dom Quixote encenado foi 1607 no Peru. Ao longo da história foram mais de 100 adaptações da obra, teatralizada de diferentes formas nos países latino-americanos.

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http://www.cultura.gov.br/cultura_viva/?p=1007

O Estado de S.Paulo - Caderno 2 - Brasil

Montagem de 'El Quijote' une grupos de dez países



Foto: Clayton de Souza/AE
Montagem do grupo Teatro Carlos Ancira, do México

Clássico de Cervantes é montado com vários sotaques latinos, no 2º Congresso de Cultura Ibero-Americana

Beth Néspoli


SÃO PAULO - Uma profusão de cores invade o palco do Sesc Pompeia durante o ensaio de El Quijote. O idioma brasileiro mescla-se ao castelhano falado com muitos sotaques diferentes, pois nesse espetáculo multicultural há atores de países como Guatemala, Bolívia, Chile, Peru, Cuba, México, Colômbia e El Salvador. Ouve-se ainda o sotaque carioca misturar-se ao paulistano dos atores do Pombas Urbanas, grupo sediado em Cidade Tiradentes e anfitrião de mais de cem artistas, vindo de dez países da América Latina e do Caribe e 12 diferentes companhias teatrais. Juntos, eles realizam uma montagem de Quixote que integra a programação cultural do 2º Congresso de Cultura Ibero-Americana que começa nesta quarta, 30, em São Paulo.

"Despacio, despacito!" A toda hora Cesar Badilho saltava da arquibancada do Sesc Pompeia para o palco para controlar o ritmo. "Se falam rápido não se entende", diz. Cada grupo presente em cena realiza em seu país de origem o chamado teatro comunitário. "O Caja Lúdica da Guatemala trabalha na selva e sua metodologia tem reconhecimento acadêmico, os bolivianos atuam em minas de carvão; o Vichama, do México, trouxe um Quixote cego, a troca de experiências está sendo muito rica", diz o ator Adriano Mauriz, ator do Pombas Urbanas.

Sem dúvida, o que o público verá em cena é a ponta de um iceberg, afinal, esse é o tipo de criação em que o encontro é tão produtivo que o resultado importa menos. Mas o desejo, claro, é trazer essa riqueza multicultural para a cena. Assim, por exemplo, o mago Merlin se transforma num xamã. Badilho, ator do grupo colombiano La Candelaria, coletivo com mais de 40 anos de premiada trajetória, foi especialmente convidado para dar unidade ao espetáculo. Não por acaso. Ele é protagonista de uma montagem de Quixote do La Candelaria, dirigida por Santiago Garcia, que se mantém em repertório há anos e já excursionou por América e Europa.

"A loucura de Quixote não é psíquica, é filosófica e essa diferença é fundamental", diz Vadilho. "Quixote é o elogio à diferença. Há no livro um encontro de culturas, judaica, árabe, castelhana, como ocorre na América Latina. Em essência, o livro joga com essa aparente contradição - somos diferentes e caminhos juntos - e, para isso dar certo, é preciso que haja uma escuta." Mas ele também ressalta que não se trata de um passeio turístico, daí a busca do rigor estético. "Há um olhar depreciativo sobre o teatro comunitário, o que é uma torpeza."

Após uma intensa comunicação via internet, cada um dos 12 grupos escolheu um episódio do Quixote de Cervantes e ensaiou em seu país, a partir de maio. A união de todos ocorreu a partir do dia 15, em Cidade Tiradentes. Como há cenas que pedem muitos atores, e cada grupo veio com cerca de cinco integrantes, eles se misturam. Assim, um coro de camponesas confundidas com princesas por Quixote é integrado por atrizes do Chile, Bolívia, El Salvador e Guatemala. Experiência rara no campo das artes.


Foto: Clayton de Souza/AE
Montagem do Quixote pelo grupo Antu, do Chile


Congresso tem como tema transformação sociocultural

O ministro da Cultura Juca Ferreira, o governador José Serra e o prefeito Gilberto Kassab prometem estar presentes nesta quarta, 30, à noite, no Sesc Vila Mariana, na abertura oficial, a partir das 19 h, do 2º Congresso Ibero-Americano de Cultura. Até domingo, representantes de 22 países da América Latina, Caribe e Península Ibérica estarão reunidos em conferências, debates e encontros para trocas de experiências em torno do tema Cultura e Transformação Social.

Não por acaso será homenageado o criador das técnicas conhecidas como Teatro do Oprimido, Augusto Boal, morto em maio. Uma vez que o objetivo é promover encontros culturais, a noite será de união entre o cantor e compositor João Bosco, que se apresenta com a Orquestra Sinfônica de Heliópolis. Estão confirmadas ainda as presenças dos ministros da cultura do Paraguai, Ticio Escobar; do México, Consuelo Sáizar; da Colômbia, Paula Moreno Zapata; e da Espanha, Ángeles Gonzáles-Sinde.

A montagem de El Quijote e os grupos que envolve - todos com trabalhos nas chamadas periferias de suas regiões - dá bem a ideia do eixo que norteará as diversas mesas de debates envolvendo pesquisadores - como Ana Rosas Mantecón, professora da Universidade Autônoma Metropolitana do México -, artistas - entre eles os cineastas argentinos Fernando Solanas e Octavio Getino - e representantes de entidades voltadas para o intercâmbio cultural, como o colombiano Octavio Aberláez, presidente da Rede de Promotores Culturais da América Latina e do Caribe.

O primeiro congresso foi realizado no México, ano passado, e tinha como tema as linguagens audiovisuais. Desta vez, a discussão vai voltar-se para o papel da arte e dos bens simbólicos no desenvolvimento do homem e na integração de diferentes nichos sociais. Iniciativa do Ministério da Cultura, da Secretaria Geral Ibero-Americana e do Sesc-São Paulo, o congresso tem programação intensa, inclusive artística, que pode ser conferida na íntegra no site http://www.sescsp.com.br/.


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http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,montagem-de-el-quijote-une-grupos-de-dez-paises,443012,0.htm

Publico.es - Espanha


Foto: Sebastião Moreira
La ministra de cultura de España, Ángeles González-Sinde (d), visita el centro cultural "Arte en Construcción" donde se realiza el proyecto "Pombas Urbanas", en el barrio Ciudad Tiradentes, en la periferia de Sao Paulo (Brasil). - EFE


EFE - Sao Paulo

Un Quijote pluricultural puesto en escena por 16 compañías teatrales de diez países da vida en un barrio de la periferia de Sao Paulo a la Red Latinoamericana de Teatro Comunitario, un proyecto que cuenta con apoyo español.

La iniciativa, que fue mostrada hoy a la ministra de Cultura de España, Ángeles González-Sinde, será presentada mañana y el viernes en Sao Paulo en el marco del II Congreso de Cultura Iberoamericana y de la Conferencia de Ministros de Cultura Iberoamericanos.

"El Quijote" es un proyecto del octogenario dramaturgo colombiano Santiago García, del grupo La Candelaria de Bogotá, que reúne desde hace veinte días en un barrio periférico de Sao Paulo a directores, actores y músicos de Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Cuba, El Salvador, Guatemala, México y Perú.

"No deja de ser seductora la propuesta de aventurarnos en una 'quijotada', con los idiomas que se atraviesan, jugueteando el portugués y el español en un escenario común y con la fuerza de la música", comentó a Efe el colombiano Jorge Blandón, uno de los coordinadores del proyecto.

Para Blandón, la puesta en escena de un "Quijote pluricultural" en los tablados "demuestra cómo los lenguajes de la música, los lenguajes escénicos, potencian con la suficiente fuerza una mirada latinoamericana".

El Centro Cultural Arte en Construcción, en el populoso barrio Cidade Tiradentes de Sao Paulo, visitado hoy por la ministra española, alberga el proyecto teatral "Pombas urbanas" (palomas urbanas), una iniciativa de la comunidad local que ahora cuenta también con el respaldo del Gobierno brasileño.

La idea de crear un "Quijote latinoamericano" surgió en 2005 en la ciudad colombiana de Medellín, cuando teatreros latinoamericanos decidieron poner en escena la obra y planificaron el proyecto en reuniones posteriores en Argentina, Brasil y Cuba.

"Escogimos El Quijote porque la obra tiene mucho de utopía, de solidaridad y de aventura y de una u otra forma todas las aventuras de la cultura latinoamericana están en esta obra", resaltó Blandón.

La ministra española asistió hoy a uno de los últimos ensayos del polifacético grupo, que cuenta con la dirección del actor y teatrero colombiano César Badillo.

"Está muy bien haber empezado nuestra visita conociendo un proyecto de cultura como éste, pues Brasil es un país pionero en el teatro comunitario y el haber visto fragmentos del ensayo de la obra de 'El Quijote' es emocionante", destacó la ministra.

González-Sinde comentó que en este mes ha visto dos piezas de "El Quijote", una de ellas en el Teatro Nacional de Pekín.

"Viendo esto, me da una sensación de que los españoles no somos muy conscientes del patrimonio que tenemos, pues El Quijote se está representando más de 400 años después de haber sido escrito, en diferentes continentes y ha sido apropiado en otras culturas, que es lo más interesante", apuntó.

Sobre esta versión latinoamericana de El Quijote, González-Sinde valoró que los 16 grupos "toman la obra e incorporan cosas de su propia cultura, lo que le da vida a una red a la que España se acerca".
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http://www.publico.es/agencias/efe/256698/quijote/pluricultural/da/vida/red/latinoamericana/teatro/brasil

Ministra da Espanha em Cidade Tiradentes


Foto: Sebastião Moreira/EFE


FOTOLEGENDA DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS EFE

SAO PAULO (BRASIL), 30/09/09.- La ministra de cultura de España, Ángeles González-Sinde (i), visita hoy, 30 de septiembre de 2009, el centro cultural 'Arte en Construcción' donde se realiza el proyecto 'Pombas Urbanas', en el barrio Ciudad Tiradentes, en la periferia de Sao Paulo (Brasil). La ministra se encuentra en esta ciudad en el marco de la segunda edición del congreso de Cultura Iberoamericana que se celebra del 1 al 2 de octubre.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Página/12 - Imagen gozosa de lo imposible


Foto: Gil Grossi
Cena do grupo argentino La Comedia de Campana



TEATRO › GUILLERMO RODONI MONTARA EN BRASIL UNA ESCENA DE EL QUIJOTE

El director argentino participará de la versión teatral de la novela de Cervantes montada por su colega colombiano Santiago García. Las doce escenas serán actuadas por elencos de varios países latinoamericanos, que sumarán un centenar de intérpretes.



Por Cecilia Hopkins


El director colombiano Santiago García, creador del mítico grupo La Candelaria, estrenará en pocos días más El Quijote, versión teatral de la novela de Cervantes. El montaje, que tendrá características multinacionales, se realizará el 1º de octubre próximo en San Pablo, Brasil. Cada una de las doce escenas estará a cargo de igual número de directores provenientes de Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Cuba, El Salvador, Guatemala, México y Perú, especialmente invitados para la ocasión. Cada grupo tuvo la libertad de elegir su modo de trabajo, si bien la musica de cada escena abrevará en la tradición del país a cargo. En estos días, el mismo García está trabajando en el armado final del espectáculo, en la integración de las escenas, previamente ensayadas en los países de origen de los cien intérpretes participantes. El estreno se realizará en el marco del Segundo Foro Iberoamericano de Cultura, el cual girará en torno del tema “Arte y Transformación Social”. En esa oportunidad se lanzará la Red Latinoamericana de Teatro en Comunidad, un emprendimiento que impulsan, entre otros, el cubano Rolando Hernández, el colombiano Jorge Blandón y el argentino Guillermo Rodoni, director invitado por García para preparar una de las escenas de El Quijote.

“Habrá doce actores para doce Quijotes –le cuenta Rodoni a Página/12–. Cada uno aportará su mirada y perspectiva desde la cultura del país al que pertenece.” Al director y a su grupo, La Comedia de Campana, les fue asignada la escena en la que el caballero andante le da consejos a Sancho Panza, su escudero, al momento de convertirse en gobernador de la Insula Barataria. “La puesta de El Quijote es perfecta para el lanzamiento de la Red, porque actualiza el significado de la palabra utopía en nuestra contemporaneidad”, opina Rodoni. Y en relación con el desafío que la puesta implica, el director agrega: “Lo hacemos porque sabemos que también hoy se nos exige buscar en el teatro una imagen gozosa de lo imposible y lo utópico que tanto necesita nuestro público, en una situación mundial de desesperanza y caos”. El evento cuenta con el apoyo del país anfitrión, además de las instituciones internacionales IDEA (Asociación Internacional de Teatro y Educación) y AITA (Asociación Internacional del Teatro de Arte), institución de la cual Rodoni es el representante sudamericano.

–¿Cuáles son las propuestas de la Red Latinoamericana de Teatro en Comunidad?

–Se trata de una organización creada por colectivos teatrales de diversos países de América latina, hermananados por sus experiencias de transformación social y humana por medio del teatro en comunidad. Participan de su creación decenas de redes y movimientos teatrales que representan centenares de grupos, directores y dramaturgos que comparten la misma visión en relación con que el teatro debe ser un eficaz instrumento para la elevación de los niveles cultural, educativo y humano de nuestras comunidades latinoamericanas.

–¿Cómo encaró la escena que le asignaron?

–La escena comienza con Don Quijote diciéndole a Sancho: “Mira, Sancho, cómo se viene el alba, alegre y luminosa”. Al leerla en el contexto del proyecto que nos ocupa, no pude evitar asociarla con esta realidad extraña que está viviendo nuestro continente sudamericano, donde pareciera que la esperanza se va haciendo un lugar en la mayoría de los países.

–¿Tomó alguna decisión estética para darle a la escena un toque distintivo?

–Puse un par de músicos que hacen sonar una milonga con guitarra y bandoneón. A su ritmo, Don Quijote y Sancho Panza, caminando lentamente mientras toman mate, atraviesan la escena desde proscenio hasta foro, desde donde va surgiendo el citado amanecer. Así arranca la cosa, que finaliza exactamente de la misma manera, con esos dos personajes caminando lento, al ritmo de milonga, en dirección a un nuevo amanecer.

–¿De qué temas cree habla su escena?

–A poco de haber comenzado la escena, entran unos sastres que vienen a vestir a Sancho para desempeñarse como gobernador. Esos sastres, que llegan enviados por el Duque, no darán muchas explicaciones ni pedirán permiso. Sin esperar respuesta alguna comienzan a actuar sobre Sancho. Pensamos qué cosas podrían ser pequeños iconos que contribuyeran a dar la imagen de un mandamás latinoamericano. Como hay mucha experiencia sobre eso, enseguida aparecieron los anteojos para sol, alguna charretera, una cachiporra, alguna estrella en el pecho...

–Pero los consejos del Quijote a Sancho van en la dirección opuesta...

–Justamente, esos sastres, amparados en una posible ley de obediencia debida, vienen a utilizar la credulidad de Sancho para beneficiar al poder. En ese momento, Sancho Panza es el verdadero protagonista de la escena, tironeado por dos fuerzas opuestas e incompatibles entre sí.

–Es que hasta Sancho se siente tentado por el poder...

–En algún momento dice: “No lo puedo ocultar, mi amo, mi deseo de mandar, aunque sea un hato de ganado...”; pero finalmente opta por seguir los consejos de Don Quijote. Y la fuerza que decide la pulseada es tal vez la profunda admiración que siente por quien es su amigo y cuyos códigos dan sentido completo a la vida. Si miramos el panorama de nuestra sociedad de hoy, ¿qué es lo que falta? ¿Faltan Quijotes? ¿Faltan Sanchos? Lo que seguramente no faltan son duques y sastres...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

TODOS… SIEMPRE TENEMOS UN SUR …



Fotos: Gil Grossi
Atores do Tiempos Nuevos Teatro, de El Salvador, ensaiam no galpão


EL QUIJOTE LATINOAMERICANO

En esta maravillosa aventura de Quijotes, los participantes de este acto creativo, tomamos en razón de la fe que el teatro nos procura, los siguientes acuerdos:


Hacer la puesta de El Quijote, bajo la tutela cariñosa del director y dramaturgo Colombiano Santiago García, quien nos ha cedido los derechos para representar su obra, la misma que contará con la dirección de César Badillo, actor del Teatro la Candelaria, y con el acompañamiento de los 15 directores escénicos de los 10 países que nos hemos encontrado en Sao Paulo este día 16 de septiembre de 2009, para tejer la urdimbre amorosa del teatro.


Que la puesta sea una Escuela Abierta del Teatro en Comunidad (como lugar solidario, responsable, libertario, dador de amistad, donde los grupos podrán participar en las discusiones con los maestros y directores; la idea del intercambio es conocer las experiencias de teatro en comunidad para fortalecer el trabajo que cada grupo realiza desde nuevas perspectivas), en donde las voces de todos estos artistas serán parte de la trama polifónica que dejara escuchar los cantos, poemas, textos, plegarias y anotaciones del noble hidalgo don quijote de la mancha, en un lugar multicultural de toda la América Latina.


La voz del director general, se pondrá en el cuerpo y corazón de César Badillo, animador de Quijotes del grupo la Candelaria de Colombia, con la complicidad adjunta de los directores – además de Rolando Hernández, Reinaldo Sant’ana – quién “otros” asume la batuta de acompañar a los 15 directores y más de 100 actores venidos de: Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Cuba, El Salvador, Guatemala, México, Perú.



Cena do Colectivo Teatral Antu, do Chile

Ellos, los directores escénicos, conformarán un Consejo de Dirección, quiénes se aventuran por la “aguas profundas” de la obra de Santiago García, hermano mayor que tomó de Cervantes el legado fraterno de mantener viva la obra del caballero de la mancha.

Sus voces seguirán la orientación de los hermosos “buzos ciegos” que han venido hasta Ciudad Tiradentes – Sao Paulo - a compartir alegría y vida.

Se propone que todos los artistas sean parte de un gran Consejo de la Acción transformadora del teatro, que con sus saberes multiplicaran esperanza y ternura para todos los aquí reunidos y a los convidados al gran banquete de la hermandad teatral de Latinoamérica, y por supuesto de los habitantes de Sao Paulo y de los 600 participantes del II Congreso de la Cultura Ibero-americana.

Que los anfitriones, el Instituto Pombas Urbanas, voz de amor por las cosas diarias, voceadores de alegría en las mañanas y las tardes de estos 20 días, que nos regalaran sus secretos para producir en todos nosotros emociones y solidaridades, que se traducirán en:

Comunicación de sentidos…


Producción de trucos y sortilegios…


Alimentos múltiples que acunaran amor…


Alojamiento que nos permitirá renovar las energías…


Transporte que nos movilizará por las calles y avenidas de la gran urbe al lugar de los encuentros creativos…


Administración de las locuras quijotescas de estos andantes…


Y que todos nosotros nos comprometemos a cantar y actuar en la noche, donde podamos seguir creyendo y creando en el teatro como acuerdo vital de fe y esperanza…


Que sabemos el valor y sentido de las pequeñas cosas que traemos para dar y recibir…


Que nos ligamos en esa fuerza que encarna el teatro como la patria de todos, los hijos de Tespys, Aristóteles, Sheakespeare, Constantin Stanislavski, Jerzy Grotowski, Augusto Boal, Osvaldo Dragún, Atahualpa del Cioppo, Enrique Buenaventura, Rudi Torga, Lino Rojas… en el lugar común a todos el escenario…


Somos y seguiremos siendo Quijotes cargados de utopías/ de miradas al sur de la morada/ al naciente/ al lado fértil del amor…


Y que procuraremos compartir pequeños regalos de nuestra tierra, hechos alimento amoroso en esta Escuela Abierta del Teatro en Comunidad…


Y que comprendemos además como el canto tienen sentidos en esta tierra latinoamericana…

Trabajar para hacer posible circular por los países (y otros todos) el Quijote Latinoamericano, en 2010 y 2011, conmemoran el bicentenario de las independencias como lugares de encuentro y fertilidad, ciudades para la siembra y recogida de la cosecha de esta bienaventuranza…




A mexicana Compañía Carlos Ancira durante ensaio

Las 16 agrupaciones de teatro, Co-realizadores todas, de este sueño de Red: Red Nacional de Teatro Comunitario de Argentina, SARA - Alianza Sudamericana de Teatro, La Comedia de Campana e Catalinas Sur, Argentina; Teatro Trono e Fundación Comunidad de Productores en Artes, Bolívia; Grupo Pombas Urbanas (São Paulo) e Grupo Entrou por uma Porta (Rio de Janeiro), Brasil; Colectivo Teatral Antu, Chile; Red Colombiana de Teatro en Comunidad, Grupo de Teatro D.C. Arte, Grupo Teatro Tespys, Teatro La Candelaria e Corporación Cultural Nuestra Gente, Colombia; Red Cubana de Teatro en Comunidad, Teatro Andante, Quinto Teatro y Teatro de Los Elementos, Cuba; Grupo Tiempos Nuevos Teatro, El Salvador; Colectivo Caja Lúdica, Guatemala; Teatro Carlos Ancira, México; e Grupo Vichama Teatro, Perú.

Con todos ellos estableceremos un diálogo de pares, la Red Latinoamericana de Teatro en Comunidad que se realizá en Sao Paulo, Brasil. Evento organizado por El Instituto Pombas Urbanas (Brasil) y con la iniciativa conjunta de Quinto Teatro de Cuba y la Corporación Cultural Nuestra Gente (Colombia), con apoyos de Ministerio de Cultura de Brasil, Ministerio de Cultura de Colombia e Serviço Social do Comércio (SESC-SP).


El lanzamiento oficial de la Red se hará con la presentación de la obra El Quijote, en el Congreso que plantea el tema: Arte y Transformación Social.


Red Latinoamericana de Teatro en Comunidad

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

El Mercurio - Chile - Un Quijote monumental reúne a compañías de 10 países


Foto: Gil Grossi

Sonidos mapuches y cuecas serán el aporte del grupo chileno Antú a la representación teatral de la novela de Cervantes. El espectáculo debuta el 2 de octubre en Brasil.

EDUARDO MIRANDA

Se necesitaron 15 compañías latinoamericanas para vencer a los molinos de esta monumental producción teatral, basada en la célebre novela de Miguel de Cervantes. "El Quijote" será la apuesta teatral que desde el 2 de octubre lanzará oficialmente la Red Latinoamericana de Teatro Comunitario en Sao Paulo, Brasil, con un espectáculo que reunirá a cerca de 100 artistas sobre el escenario.
La obra, adaptada a las tablas por el colombiano Santiago García, tiene un elenco multicultural con grupos de 10 países como México, El Salvador y Brasil. Desde el 15 de septiembre que la compañía chilena Antú, dirigida por Víctor Soto, está en Sao Paulo ensayando el montaje que se dividió en 12 escenas a cargo de cada grupo.
"Nos tocó representar la escena cuando el Quijote conoce a Dulcinea y hemos creado una puesta que da a conocer nuestras raíces folclóricas, con personajes de nuestra identidad", explica Soto, sobre la escena ambientada en el sur de Chile, con un Quijote campesino. "Le dimos un giro a nuestra historia y Sancho Panza será un personaje femenino representado por una mujer mapuche", agrega el director, fundador del festival Entepola, y que incluyó cuecas y música tradicional mapuche para ambientar el cuadro.
La pieza durará 90 minutos y la organización planea una gira por los diferentes países que participaron en el montaje. Soto concluye: "Se ha producido un intercambio muy rico que hay que aprovechar para fortalecer el teatro comunitario".
Funciones
El estreno será en la favela Tiradentes, de Sao Paulo, donde está la sede del grupo Pombas Urbanas, que también participa en el montaje. Luego tendrán cuatro presentaciones en diferentes puntos de la ciudad.
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Objetivos da Rede ou Objetivos de la Red



Fotos: Gil Grossi
Atores do Grupo Pombas Urbanas


Leia abaixo, em português e espanhol, alguns tópicos a serem tratados durante o encontro da Red Latinoamericana de Teatro en Comunidad nas manhãs dos dias 28, 29 e 30 de setembro, em paralelo aos ensaios diuturnos de El Quijote no espaço do grupo anfitrião Pombas Urbanas:



1 - Estimular o apoio recíproco e promover o intercâmbio permanente entre os “teatristas” em, com e para as comunidades latino-americanas, em todas as tendências e modalidades, articulando este movimento aos grupos, festivais, eventos e mecanismos de promoção e divulgação;


2 - Criar redes permanentes de comunicação entre os fazedores de teatro, propiciando o constante intercâmbio de informação especializada;


3 - Propiciar que o teatro tenha interrelação necessária com as comunidades e setores populacionais para os quais se realiza;


4 - Desenvolver programas de educação e formação técnico-artísticas com diretores, atores, técnicos e especialistas da cena, para elevar a qualidade do teatro que produzimos;


5 – Gerar uma Escola Internacional de Teatro da América Latina e Caribe;


6 - Agir para a valorização do teatro com e para crianças;


7 - Fortalecer o intercâmbio teatral e cultural em geral que promova as tradições de amizade e irmandade entre os povos latino-americanos;


8 – Realizar um mapeamento de festivais, encontros, grupos, diretores, professores, colaboradores e interessados em geral em integrar-se à Red.




Grupo Caja Lúdica, da Guatemala, no Arte em Construção


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1: - Promover el apoyo mutuo y fomentar el intercambio permanente entre la "gente de teatro" en, con y para las comunidades de Latinoamérica, en todas las tendencias y formas, al articular este movimiento hacia los grupos, festivales, eventos y mecanismos de promoción y difusión;


2 - Establecer redes de comunicación permanentes entre aquellos que hacen teatro, proporcionando el intercambio constante de información especializada;


3 - Favorecer al teatro la interrelación necesaria con las comunidades y los sectores de la población a la que se lleva a cabo;


4 - Desarrollar programas de educación y formación ténico-artísticas con los directores, acores, técnicos y especialistas de la escena, para elevar la calidad del teatro que se produce;


5 - Crear una Escuela Internacional de Teatro en Latinoamérica y en Caribe;


6 - Trabajar en pro de la valoración del teatro con y para los niños;


7 - Fortalecer el intercambio teatral y cultural en general de modo que promueva las tradiciones de amistad y hermandad entre los pueblos de Latinoamérica;


8 - Realizar un mapeo de los festivales, encuentros, grupos, directores, profesores, empleados y otras personas interesadas a participar activamente en la Red.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Escena de El Quijote / Caja Lúdica




CAJA LÚDICA REPRESENTA A GUATEMALA EN BRASIL

Integrantes del Colectivo Caja Lúdica en el aereopuerto de Guatemala, emocionados rumbo Sao Paulo Brasil, al encuentro con teatreros de Latinoamérica para el lanzamiento de la Red de Teatro Comunitario.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

EL CARMEN DE VIBORAL EN EL II CONGRESO IBEROAMERICANO DE CULTURA SAO PAULO – BRASIL


El Segundo Congreso Iberoamericano de Cultura es un evento propuesto por el Ministerio de Cultura de Brasil, que se realizará este año en la ciudad de Sao Paulo. Tiene como objetivo exponer a la comunidad internacional el potencial de la cultura iberoamericana mediante la programación de talleres, conferencias, seminarios, mesas redondas y exposiciones de arte.

Según el secretario del
Ministerio de Cultura de Brasil -Celio Turino- este congreso pretende entender el intercambio de conceptos culturales como un mecanismo que promueva el fortalecimiento de las dinámicas culturales de los países andinos, y que a su vez, aporten a la construcción de políticas públicas que generen desarrollo económico y social.

Por esta razón, en este evento participarán agentes políticos, sociales y artísticos como: la P
residencia de Brasil, el Ministerio de Cultura de España, la Secretaría de Cultura de Argentina, la Embajada de Venezuela, Colombia y Portugal, el Servicio Social de Comercio (SESC), y distintas agrupaciones artísticas y teatrales de Latinoamérica.

Para este
II Congreso Iberomericano de Cultura, han sido invitados el Instituto de Cultura y Teatro Tespys de El Carmen de Viboral, para participar de las diversas actividades y representar a Colombia en este evento junto con el grupo DC-Arte de la Ciudad de Bogotá. Es así como en el marco de este II Congreso, se llevará a cabo el lanzamiento de la Red Latinoamericana de Teatro, de la cual Teatro Tespys hará parte.

Una de las actividades centrales del evento es el proyecto
“El Quijote Latinoamericano”, un montaje teatral donde doce países iberoamericanos estarán en escena, cada país representará una escena de la obra “El Quijote” de Santiago García (Director del Teatro La Candelaria de Bogotá) quien será el director de este montaje quijotesco, en compañía del maestro cubano Rolando Hernández. De esta puesta en escena iberoamericana hará parte Teatro Tespys de El Carmen de Viboral, grupo invitado para el montaje de la escena No.12 en compañía del grupo bogotano DC-Arte; ambas agrupaciones representarán a Colombia en este proyecto y estarán en este proceso de ensamble desde el 11 de septiembre; el estreno de “El Quijote Latinoamericano” será en el marco del II Congreso Iberomericano de Cultura entre el 1 y el 5 de octubre, donde el teatro será el escenario de hermandad, arte y cultura.

Es este un reconocimiento a la labor y trayectoria de
Teatro Tespys de El Carmen de Viboral, agrupación que desde 1988, ha generado espacios como el Festival Internacional de Teatro El Gesto Noble y una Sala de Teatro con permanente actividad artística, Concertada con el Ministerio de Cultura.
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