quinta-feira, 1 de outubro de 2009

cento e dulcinéias - um poema



Foto: Gil Grossi
A cubana Marilis Sutil suspende no olhar a Dulcinéia de Quixote



Cento e Dulcinéias


Ah, minha doce Dulcinéia

Campesina grandiosa pequenina

de meus olhos imensidão

de minha utopia inspiração

de minh’alma mais de mim



Ah, doce minha Dulcinéia

Aldonza Lorenzo Del Toboso

Julieta, Isolda, Cinderela

Maria e Bonita e Yoko e Ono




Ah, Dulcinéia minha doce

De inveja mate o sol

De beber me dê a magia da porção

Descalça-te que lhe forro o melhor caminho

Demande meu cangaço

Dê-me a imaginação de melhor mundo




Ah, doce Dulcinéia minha

Percorro desertos, afundo mares a me perder

Escalo montanhas a cada queda, a cada soprar do vento

Salve-me da tragédia em que vivo

Do amor que lhe é esperado

...


por Neomisia Silvestre

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